domingo, 24 de novembro de 2013

Lareira

Lareira

Ao som da lareira
meus pensamentos voavam
por sítios longínquos
levados por uma nuvem

A paisagem saltitava
ao sabor do vento
por entre vales e montanhas
na maravilha da natureza

O voo era sereno
por entre farrapos de neve
numa confusão
coberta de beleza

O rio lá longe
espreguiçava-se
por entre as margens
na indiferença do passado

A águia lá bem no alto
desfrutava daquelas delícias
à procura da sua presa
no alto do sopé

As garras da abundância
cheiravam a paz
e lá em baixo os homens
trabalhavam na lavoura

Uma criança
na sua ingenuidade
acenou com alegria
enquanto chapinhava no rio

Quando despertei
a lareira estava apagada
e um arrepio de frio
estremeceu meu corpo.

Pedro Valdoy

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