terça-feira, 26 de novembro de 2013

Passeio do Poeta

Passeio do Poeta

Perante a neblina
do passado
vagueava o poeta
coberto de sorrisos

No tapete dourado
sentia-se o seu poder
O canto dos rouxinóis
inebriava-o

O Sol
com seus raios
cintilantes
enaltecia o seu poder

O poder do poeta
de gritar ao mundo
as injustiças terrenas
e então chorava

Coberto pela irmandade
sentia a alegria
das crianças no pátio
e então sorria

Nos campos de guerra
seus gritos cobriam-se
de vergonha
e então sentia-se a morrer

Quando passeava
pelas terras fertéis
via o trabalho do agricultor
e então rejubilava

O sofrimento era atroz
perante chacinas
perdidas no pecado
O desespero rodeava-o

Caía em prantos
pela morte
de uma criança inocente
num sofrimento perdido no tempo

Porquê Senhor
tantas atrocidades
perguntava o poeta
perdido no lamaçal.

Pedro Valdoy

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